Hastes de vidro nos caminhos
por onde descem as serpentes
cerrando anéis de seda e linho
peçonha oculta entre seus dentes.
Aço de espada, ponta, espinho,
arco no azul, lua crescente:
raios de luz em desalinho,
seguindo vou rumo ao poente.
Volta, revolta, céu rasgado,
a estrela, o brilho decepado
cai no lugar onde estou.
E continuo, agora cego,
guiando a nave em que navego
na via que a morte me traçou
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